Que as festas juninas são uma contribuição dos portugueses isso muita gente já imaginava. Entretanto é mais antiga do que se pensa!
É citada lá no Egito Antigo como uma festa que celebrava o início da colheita. Depois se espalhou
pelo continente europeu durante a dominação do Império Romano e passou a homenagear o nascimento de São João Batista, além de outros santos deste mês, como Santo Antônio e São Pedro.
Muitos quitutes e guloseimas são à base de milho porque também em junho é época da safra deste alimento, principalmente no Nordeste. Uma das receitas preparadas com o ingrediente é a canjica, que ganha vários nomes e receitas conforme as regiões.
Portanto, não se confunda! A sopa de milho branco cozido com leite de vaca, coco, açúcar, cravo e canela é canjica no Sul e Centro-Oeste. A mesma receita é chamada de mungunzá no Nordeste. E se for engrossada com fubá de arroz se trata de mungunzá de colher. Só o creme de milho cozido com leite de coco e açúcar é mais característico no Norte, batizado de Curau no Sul.
O amendoim é outro protagonista da festa e um dos principais ingredientes do pé-de-moleque. No Ceará ele se modifica um pouco. Ao contrário do conhecido doce com melado, amendoim, glucose de milho e bicarbonato de sódio, lá ele é preparado à base de rapadura, castanha-de-caju, carimã (espécie de massa de mandioca). E no Maranhão é conhecido como um bolinho frito à base de farinha de mandioca e coco ralado.
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