por Matteus Martins
O  pensar territorial exige que a cultura municipalista da competição  burra e politiqueira venha ao chão. Não dá pra pensar identidade  territorial e desenvolvimento sustentável prevalecendo ações isoladas e  fora de um contexto que em verdade pertence e representa um coletivo  mais amplo. É preciso dar as mãos e construir juntos a solução de  problemas que são coletivos.
Neste princípio, o Rheluz,  organização da sociedade civil da Bacia do Jacuípe com sede em Pintadas  construiu e vem coordenando o Projeto Arte Pela Educação, qual, em  linhas gerais propõe a inclusão da arte no processo de ensino  aprendizagem nas escolas para os 14 municípios da Bacia do Jacuípe. O  Projeto busca mostrar que a arte pode ser trabalhada de forma  interdisciplinar, e assim tornar as aulas mais atrativas fazendo com que  os alunos possam descobrir e mostrar suas habilidades.
O Arte Pela Educação tem três pilares: a  articulação pedagógica – onde a direção e coordenação pedagógica das  escolas assumem papel fundamental para a implementação da política na  escola -, a gestão política da educação – onde a Prefeitura municipal e  secretaria de educação assumem o compromisso com o projeto na educação  escolar -, e a sensibilização do(a)s educadore(a)s.

Aproximadamente 1200 professores da  Bacia do Jacuípe foram capacitados pelo Projeto. Porém, ficaram de fora  o(a)s educadores e educadoras de Riachão do Jacuípe, Serra Preta e  Várzea da Roça, os três municípios da Bacia do Jacuípe que não  participaram do projeto.
Dentro destes pilares do Projeto,  Vandelson Gonçalves, principal idealizador do projeto e militante  orgânico da cultura na Bacia do Jacuípe, avalia que 4 municípios merecem  destaque: Várzea do Poço, Pé de Serra, Baixa Grande e Nova Fátima. Os  demais municípios que participam do Projeto falharam em alguma parte do  tripé e estão em fase de superação para avançar na consolidação desta  política pública tão importante para a formação de crianças,  adolescentes, jovens e adultos.
Como resultado do Projeto foi realizado  nesta quinta feira (24 de novembro de 2011) o I Festival de Arte do  IESFA. As atividades tiveram inicio às 8hs com Cortejo Cultural saindo  da Praça Principal com destino ao Colégio Piloto do Projeto. As fotos  desta matéria são do Festival.

Com a animação das arte educadoras de  Várzea do Poço Ciomária Alves e Cíntia Alves, o bumba meu boi, a mulinha  e a banda de tambores do colégio junto aos coordenadore(a)s  pedagógico(a)s, professore(a)s , gestão escolar e todo o alunado do  turno matutino. O cortejo foi realizado nos três turnos de funcionamento  da escola.

Chegando ao colégio os alunos começaram  as apresentações de artes nas disciplinas e contagiaram a todos com seus  talentos. Também estiveram presentes do consultor/orientador do projeto  Vandelson Gonçalves, o prefeito da cidade o Paulo Ferreira, da primeira  dama a Srª Sillian Simone, da secretária de educação Paula Luciana e da  comunidade em geral. Além das apresentações do(a)s educando(a)s tivemos  também as participações especiais de ex-aluno(a)s e artistas da terra  que abrilhantaram ainda mais o festival.

A ausência de Riachão neste Projeto  deixa evidente como um governo retrógrado prejudica o futuro de toda uma  geração, e deixa seu povo alheio de dinâmicas sociais, culturais e  econômicas fundamentais para seu verdadeiro desenvolvimento. Por isso,  quando esse pessoal fala de universidade para Riachão nós nem devemos  acreditar neles e manter a luta que de forma especial o ex vereador José  Avelange sempre travou, pois para essa turma da política local, falar  de universidade é só um discurso vazio para angariar simpatia e depois  converter isso em voto.
Avante Arte pela Educação. Em breve  Riachão encontrará vocês nesta busca pela emancipação humana e nosso(a)s  professores(a)s e professoras, verdadeiro(a)s guerreiro(a)s da  resistência irá dialogar com o projeto, aprendendo e ensinando aos  demais professore(a)s da Bacia, pois hoje nosso(a)s educador(a)s estão  operando milagre para assegurar a qualidade da nossa educação.
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